quinta-feira, 21 de junho de 2012

A INFÂNCIA E A EDUCAÇÃO INFANTIL

                                   
          O período que se estende da gestação até os seis anos de idade é considerado o mais importante para o desenvolvimento da criança, pois é nessa fase que a criança estabelecerá suas conexões com o mundo, corroborando esta afirmativa Antunes (2006, p. 9) declara que a criança "precisa desenvolver-se plenamente nos aspectos físico, psicológico, intelectual e social, por meio de uma educação bem estruturada que atenda as necessidades da criança", porém essa relevância não foi sempre considerada ou mesmo conhecida, pois durante muito tempo a criança não era reconhecida como um ser que precisava de cuidados e educação específicos para a sua faixa etária e para cada fase do seu desenvolvimento.
          Até o período da Idade Média a criança era vista como um adulto em miniatura, um ser que precisava ser treinado para suas atividades quando alcançasse a idade mínima para tal. Até mesmo suas roupas eram semelhantes às roupas dos adultos, como destaca Ariès (1981, p.32).
          Ao considerarem-se os estudos relativos à infância, Ariès (1981) afirma que apenas no século XIII começaram a surgir representações da criança que se aproximam do sentimento moderno; a criança anjo representada pelo menino que era educado para ajudar na missa, o Menino Jesus ou Nossa Senhora, menina que já trazia algum sentimento específico pela infância e a criança nua representando a pureza e alma que era entregue a cada pequena e nova criatura.
          Na Idade Moderna, percebe-se uma mudança na concepção da criança, especialmente nas classes mais elevadas: a criança passa a receber maior atenção e cuidados específicos direcionados para suas necessidades que começam a ser percebidas como diferentes das necessidades dos adultos.  

          Os registros históricos apontam que a criação das primeiras instituições para crianças datam do século XIX, e Friedrich Froebel, que viveu no período de 1782 a 1852, foi o fundador dos primeiros modelos de jardim de infância, utilizando jogos e brincadeiras no aprendizado infantil.
          Somente em 1988, com a promulgação da Constituição da República Brasileira, a educação foi tratada como assunto de suma importância e como um direito que toda criança dispõe mesmo antes de nascer, e um dever que cabe ao Estado garantir.
          Além desses documentos, foi de fundamental relevância a promulgação da Emenda Constitucional que criou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9394/96), onde a educação infantil passou a compor a primeira etapa da Educação Básica, integrando-se aos ensinos fundamental e médio.
          Em 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) reafirmou os direitos constitucionais em relação à Educação Infantil. Em 1994, o MEC publicou o documento Política Nacional de Educação Infantil que estabeleceu metas como a expansão de vagas e políticas de melhoria da qualidade no atendimento às crianças.
          A importância da Educação Infantil é comprovada pelo interesse que vem ganhando ao longo da historia, e sua eficácia é garantida pela combinação dos seguintes fatores: consideração as características da criança, ambiente adequado a cada fase do seu desenvolvimento, profissionais preparados, socialização com indivíduos semelhantes e estímulo à criança.
          A criança precisa de assistência, cuidado e consequentemente de educação dirigida, que lhe possibilite um amplo desenvolvimento de suas faculdades mentais e físicas, contudo a educação familiar aliada à escolar permitirá que a criança ultrapasse as diversas transformações que ocorrerá ao longo de sua vida, de forma equilibrada e sadia.

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